terça-feira, janeiro 22, 2013

Perceção da idade…


A questão geracional é transversal à humanidade, isto é, desde sempre que existem conflitos entre gerações. A geração mais recente acha-se mais avançada que a anterior e que é o futuro, enquanto por seu lado a geração anterior acha que a seguinte é rasca, sem valores e que a sua faz as coisas melhores, logo é melhor… enfim, todas as gerações passam por isto.
Além disso, a dado momento até a geração futura passa a ser a presente, o que significa que já existe uma nova geração, e voltamos ao mesmo… a futura é rasca e a nossa é que é boa!
Atualmente a minha geração é já a presente, o que significa que já existe a futura… mas quando é que nos apercebemos que já não somos a geração futura? Só um pequeno aparte: repare-se a geração presente, foi a geração futura mas na realidade nunca teve grande futuro, veja-se o presente… baralhados? Sim? Ainda bem!
Voltemos então a questão de quando nos apercebemos que já não somos o futuro… bem, isso normalmente acontece quando nos apercebemos também que estamos a ficar velhos!
Para a maior parte das pessoas a perceção desta realidade ocorre quando ao tentar realizar uma atividade que enquanto jovens não apresentava qualquer dificuldade de um momento para o outro faz doer todas as articulações conhecidas e outras até então desconhecidas; outra forma clara de nos apercebermos acontece quando após duas horas de luta a tentar por os filhos a dormir, se tenta ver um filme… normalmente o resultado é antes da primeira meia hora de filme já estar tudo a dormir… com o belo fiozinho de baba na cara!
Para outros, no entanto, como é o meu caso que contacta diariamente com a geração futura a perceção da idade pode ocorrer de formas peculiares.
Tudo aconteceu numa normalíssima aula de 11º ano de Biologia e Geologia, no momento final da aula enquanto os alunos arrumavam as suas coisas, um grupo comentava a nova versão do PES… pois… eu sou da geração Fifa, no entanto e graças ao contacto constante com a nova geração permite-me manter atualizado a nível de jogos…
A dado momento um aluno questiona-me se já tinha experimentado o novo jogo… quase de forma espontânea saí-me o seguinte comentário:
“Eu ainda sou do tempo em que para jogar à bola, tínhamos que pegar numa bola verdadeira e sair para a rua… além do que tínhamos que usar os pés para jogar!”
Momento de silêncio… Porra! Será que estou realmente a ficar velho! Já tenho comentários da gama... “No meu tempo…”!
Ora bolas, estou a ficar descontinuado!

2 comentários:

Anónimo disse...

È mais "eu ainda sou do tempo de termos de soprar nas "cassetes" pra jogar" agora isso de sair pra rua e jogar, modernices a mais!

Unknown disse...

Spectrum!? Muito bom... mais de metade dos jogos não carregavam!!!
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