A questão
geracional é transversal à humanidade, isto é, desde sempre que existem
conflitos entre gerações. A geração mais recente acha-se mais avançada que a
anterior e que é o futuro, enquanto por seu lado a geração anterior acha que a
seguinte é rasca, sem valores e que a sua faz as coisas melhores, logo é melhor…
enfim, todas as gerações passam por isto.
Além disso, a
dado momento até a geração futura passa a ser a presente, o que significa que
já existe uma nova geração, e voltamos ao mesmo… a futura é rasca e a nossa é
que é boa!
Atualmente a
minha geração é já a presente, o que significa que já existe a futura… mas
quando é que nos apercebemos que já não somos a geração futura? Só um pequeno
aparte: repare-se a geração presente, foi a geração futura mas na realidade
nunca teve grande futuro, veja-se o presente… baralhados? Sim? Ainda bem!
Voltemos então
a questão de quando nos apercebemos que já não somos o futuro… bem, isso
normalmente acontece quando nos apercebemos também que estamos a ficar velhos!
Para a maior
parte das pessoas a perceção desta realidade ocorre quando ao tentar realizar
uma atividade que enquanto jovens não apresentava qualquer dificuldade de um
momento para o outro faz doer todas as articulações conhecidas e outras até
então desconhecidas; outra forma clara de nos apercebermos acontece quando após
duas horas de luta a tentar por os filhos a dormir, se tenta ver um filme…
normalmente o resultado é antes da primeira meia hora de filme já estar tudo a
dormir… com o belo fiozinho de baba na cara!
Para outros,
no entanto, como é o meu caso que contacta diariamente com a geração futura a
perceção da idade pode ocorrer de formas peculiares.
Tudo aconteceu
numa normalíssima aula de 11º ano de Biologia e Geologia, no momento final da
aula enquanto os alunos arrumavam as suas coisas, um grupo comentava a nova
versão do PES… pois… eu sou da geração Fifa, no entanto e graças ao contacto
constante com a nova geração permite-me manter atualizado a nível de jogos…
A dado momento
um aluno questiona-me se já tinha experimentado o novo jogo… quase de forma espontânea
saí-me o seguinte comentário:
“Eu ainda sou
do tempo em que para jogar à bola, tínhamos que pegar numa bola verdadeira e
sair para a rua… além do que tínhamos que usar os pés para jogar!”
Momento de
silêncio… Porra! Será que estou realmente a ficar velho! Já tenho comentários
da gama... “No meu tempo…”!
Ora bolas,
estou a ficar descontinuado!
2 comentários:
È mais "eu ainda sou do tempo de termos de soprar nas "cassetes" pra jogar" agora isso de sair pra rua e jogar, modernices a mais!
Spectrum!? Muito bom... mais de metade dos jogos não carregavam!!!
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