segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Rituais de acasalamento

Não vos estou a escrever para esclarecer as dúvidas que tiveram ao ler o post das cegonhas, mas prometo tirar essas interrogações mais tarde, a bem dos assíduos leitores deste blog! Por isso, vou gastar o meu latim com vocês acerca de outro assunto que muito me tem intrigado, e que eu, como estudioso do comportamento animal, me vejo impelido a partilhar convosco. Espera-vos mais uma sessão da National Támali Magazine...

Estudos científicos coordenados pelo tomate esquerdo de alguém (uma vez que as mulheres estão sempre a dizer que nós, homens, só pensamos com a cabeça de baixo), mostram que, das raparigas que saem de casa e querem comer um gajo, 95% são normalmente bem sucedidas. O inverso verifica-se para uma percentagem de 5% de sucesso. Para quem não sabe português, isto significa que alguém vai acabar a noite a chuchar no dedo (e penso que vós, leitores, sabem quem é...). Trata-se de um gajo que sai de casa com a ideia que vai comer uma rapariga. E desses 5%, 4% acontecem porque a moça saiu de casa com a ideia de comer um gajo. E depois nós ainda chamamos aquele nome mesmo muito feio às mulheres (ver sinónimo de meretrizes, rameiras, mulheres da vida, etc).

Não compreendo... Senão reparem. Vamos imaginar que o cenário é uma discoteca. Tal como a praia, para mim é o sitio perfeito para ir fazer figuras de anormal. É uma espécie de local para o ritual de acasalamento. Tipo animais mesmo... mas pior. Para comer uma moçoila (acho que 99% dos leitores masculinos pode assinar por baixo nisto), é preciso primeiro ir dançar para a beira dela. E enquanto fazem figura de urso, ela foge para a beira das amigas a rir-se. Os gajos pensam: acha-me engraçado. F***-se! Tonés do caraças. No fundo, o que se passa é mais ou menos isto:
-Fogo! Tirem-me deste filme!
-O que se passa, Isaltina? (só um pequeno aparte, quem é que quer comer uma gaja que se chame Isaltina?)
-Tenho aqui um azeiteiro a dançar à minha beira!
Mas os gajos, como homens latinos como pensam que são (só um aparte... Eu não entro no mesmo saco, mas não me considero latino, considero-me lusitano e com muito orgulho), continuam ali a mostrar os dotes de dançarino, sem reparar que o suor já pinga pelos sovacos abaixo. Depois de muito tempo nesta treta, vão então avaliar se ela quer ou não. Mas quem é o gajo que acha que ela nao quer nada? Depois de tanto tempo perdido... Está na cara que ela quer!

Então começam com cenas do tipo: "Olá!" Mas altos berros... Visto que estão numa discoteca. Ou seja, a conversa é tudo menos interessante. Treta para aqui e para ali no melhor que se consegue arranjar, paga-se bebidas à gaja e às amigas, oferece-se tabaco aos amigos que estão com elas, levam a gaja para um sítio mais confortável e mais silencioso para falar... Na horizontal... E... geralmente acabam a falar com a sua amiga espanhola, a Palmita de la Mano. Mas, às vezes, acontece conseguirem o que querem. Missão cumprida! You got laid, you pimp!!!

Agora vamos ver o revés da medalha... As gajas. Uma gaja quer comer um gajo. Só tem de chegar à beira dele e dizer: anda comigo! You got laid, you bitch!!! E as (ver dicionário de sinónimos) são elas? A minha opinião pessoal é que são os gajos. Claro que há muito roto a usar T-Shirts do tipo "Discípulo de Zézé Camarinha" e atrás a dizer "Puta crime numbere faibe" que vai discordar comigo. Mas estejam mais atentos e reparem nisso. Talvez na minha próxima crónica eu fale do outro local de acasalamento... A praia. Mas por enquanto ficamos por aqui...

Em jeito de nota, gostava de agradecer ao Spunk pela ideia (desta vez não fui eu o idiota, só a desenvolvi e partilhei com os meus digníssimos leitores).

3 comentários:

Artemysa disse...

Espero ansiosamente pela actualização relativa às cegonhas :)

Uma das vossas colaboradoras disse-me que precisavam de um contador de visitas. Aqui fica o site :)

http://www.statcounter.com/

Anónimo disse...

Está divinal, muito bem senhor "Manipulador" como alguém lhe chamou...:) nunca pensei que a sua imaginação fosse tão fértil.:)

Unknown disse...

Eu não queria dizer, mas... e aquele ritual de acasalamento de tentar "engatá-las" com o bluetooth do telemóvel? è que há com cada um nos dias de hoje...