segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Támali - Publicitary Agency of Ingote

Nós, no támali, não escapamos à crise geral que grassa em Portugal. Por isso, devido às dificuldades financeiras, decidimos aceitar propostas para fazermos uns esboços para reclames publicitários, que irão passar na televisão portuguesa. No entanto, como somos a favor de uma verdadeira democracia, deixamos à vossa consideração se os anúncios serão ou não aprovados… E, no fim, a escolha é nossa! Ah, mas não era uma democracia?, perguntam vocês? Pois, era (3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do verbo ser, ou seja, é verdade que isto era uma democracia há três segundos atrás), mas o nosso sonho mais profundo é constituir um enclave em Coimbra, governado ao estilo de Cuba, ali para os lados da Quinta de São Jerónimo (as pessoas são pobres para aqueles lados, precisam de assistência social)!

Mas passando ao anúncio propriamente dito. Chegou-nos uma proposta de uma produtora de nozes aqui da zona, a Ti’Albertina. Ora, nós pensámos, pensámos, voltámos a pensar, repensámos e penso mesmo que pensámos outra vez! Na realidade, o final de dia ontem não foi ranhoso, não parecia que ia chover, foi mesmo o fumo das nossas cabeças (quer dizer, mais da do Hugo, que já passou a garantia :p, a minha gera sempre ideias de génio, por isso sou considerado o idiota do grupo). Ora, imaginem um gajo com um brutal carro e uma gaja muito boa, o dobro da prateleira, o dobro da classe (um muito obrigado aos nossos amigos da Agência Publicitária de Chelas). E eis que aparece no ecrã “Ti’Albertina dá nozes a quem não tem dentes!”. Já nos estou a imaginar a ganhar o Óscar para melhor anúncio… :’-) Mas calma, que não acaba por aqui.

Nisto, depois daquele magnífico slogan (nem imaginam como a Ti’Albertina gostou), o gajo sorri e há um grande plano do seu sorriso e, consequentemente, da sua boca desdentada! Nisto, ele diz (no que for possível perceber de alguém que não tem um único dente para amostra) “Enquanto eu tiver língua e dedo, não há mulher que me meta medo!” e sorri para a gaja mesmo muito boa (já referi que ela tem o dobro da prateleira?). De seguida, arrancam, rumo não sei onde mas também não interessa. E aparece a frase final “Nozes da Ti’Albertina: despertam o verdadeiro saloio que há em cada um de nós!”.

Espero que gostem e aprovem, embora a vossa opinião não vá ser tida em linha de conta, porque nós, daqui do Enclave Revolucionário de São Jerónimo, pensamos que está brilhante. E vocês de certeza que não querem que mandemos cortar o abastecimento de lulus, CLK’s e tias, que tão caridosamente exportamos, pois não? Porque não vamos sentir muito a vossa falta, estamos quase a finalizar o projecto social de uma piscina aquecida, jacuzzi, sauna e banho turco…

1 comentário:

Unknown disse...

Aprecio o vosso lado de apoio social, porque realmente uma pessoa passa ali na externa e vê aquele morro com barracas de madeira e pensa "Coitados". Continuem a ter essse coração grande de quem dá nozes até a quem não tem dentes.